Um jovem rato do campo, ao ver-se perseguido por um gato, correu às cegas e chocou de frente com um furão.
- Estou perdido! - exclamou o rato. - Salvo-me de uma desgraça para logo cair nas patas de outra!
- É verdade que caíste nas minhas patas - replicou o furão. - Porém, eu não sou uma desgraça, mas sim um animal como tu, guiado pelo destino que escolhi e pelos meus deveres.
E, dizendo isto, levou o rato para um lugar seguro, longe das patas do gato e depois soltou-o.
O rato juntou as patas, agradecido.
- Como posso pagar-te por teres-me salvo a vida?
- Há apenas uma maneira de o fazeres - respondeu o furão. - Salvando a vida a outro animal.
E o furão seguiu o seu caminho e o rato nunca mais o viu.
É melhor salvar uma vida do que deixar que ela termine, é mais nobre acudir a alguém aflito, do que abandoná-lo ao seu destino.
Antonius Furão, Fábulas
(Da Grande Aventura no Mar - Richard Bach)
(Da Grande Aventura no Mar - Richard Bach)
